sábado, 14 de setembro de 2024

COMENTARIO LITURGICO - 24 DOMINGO COMUM - 15.09.2024

 

COMENTÁRIO LITÚRGICO – 24º DOMINGO COMUM – CRISTO SOFREDOR – 15.09.2024


Caros Confrades,


Na liturgia deste 24º domingo comum, o evangelista Marcos destaca uma ríspida resposta de Cristo a Pedro, que foi falar-lhe coisas inconvenientes: “vade retro, satanas” (afasta-te, vai-te embora, satanás), uma das poucas demonstrações de atitudes de Cristo em que se vislumbra o quanto o seu lado humano, por vezes, conflitava com a fidelidade à missão que ele viera realizar. Outra vez, foi no Jardim das Oliveiras, quando ele suou sangue. Esses episódios representam de forma bem eloquente a presença em Cristo das naturezas divina e humana e mostram que, enquanto humano, ele sofria mesmo, não apenas fingia sofrimento, como afirmaram os seguidores do docetismo, nos primeiros tempos do cristianismo. Vale também uma explicação sobre o termo “satanás”, palavra hebraica transliterada para o grego, que significa literalmente “adversário”, “opositor”. Só na Idade Média, essa palavra tomou a acepção de diabo, demônio.


A primeira leitura, extraída do profeta (deutero) Isaías (50, 5-9), apresenta os poemas clássicos do servo sofredor, fazendo eco com a narrativa do evangelista Marcos (8, 27-35), quando Jesus falava para os discípulos dos sofrimentos pelos quais deveria passar, como parte integrante da sua tarefa messiânica, antecipando os acontecimentos que estavam por vir. Essa parte do livro de Isaías, chamada de deutero-Isaías, foi escrita durante o cativeiro da Babilônia, depois da morte do profeta, daí as referências ao sofrimento do povo, junto com as exortações de penitência e de confiança em Javeh, que na hora certa virá libertá-los. O servo sofredor do exílio babilônico é a prefiguração do futuro Messias, que irá personificar de forma plena esta figura, através da sua paixão e morte, para nossa redenção. A profecia de Isaías impressiona pela riqueza de detalhes com que seu autor descreve o futuro sofrimento do Messias, através de citações verdadeiramente inspiradas, que se confirmaram com elevada precisão.


Acerca desse tema do sofrimento de Cristo, é valioso recordar uma temática que foi objeto de múltiplas polêmicas, nos primeiros séculos do cristianismo, acerca da natureza humana e também divina de Cristo. Enquanto Ario (um bispo, fundador do arianismo) afirmava que Cristo não era igual a Deus, pois era filho e, portanto, subordinado a ele e hierarquicamente inferior, de outro lado havia os cristãos gnósticos, que afirmavam que Jesus tinha apenas uma aparência humana, quando na verdade, ele era Deus e o seu corpo humano era só uma ilusão de ótica. Essa doutrina era chamada de docetismo e afirmava que Cristo de fato não sofreu nada, a paixão foi toda uma grande encenação de sofrimento, pois sendo Deus, ele não poderia sofrer. Desnecessário dizer que ambas as doutrinas foram rejeitadas como heresias, pois a doutrina que se consolidou nas discussões acerca da pessoa de Jesus foi a de que ele possuía duas naturezas (divina e humana) sendo assim, verdadeiramente, Deus e homem, ou seja, ele sofreu de verdade como qualquer ser humano sofreria todas aquelas torturas, feridas, dores, enfim, tudo o que é tipicamente humano.


Pois bem, esse prólogo tem como finalidade esclarecer o diálogo de Pedro com Jesus, conforme está narrado no evangelho de Marcos (8, 27-35), sobre os episódios da vida de Cristo que antecedem sua ida a Jerusalém, onde viria a ser sacrificado. Após três anos de catequese diária com os discípulos, Jesus vendo aproximarem-se os seus dias finais, foi fazer uma espécie de pré-teste, como se diz no vocabulário moderno, um exame simulado, para saber como estava o entendimento dos seus discipulos acerca da sua pessoa. Ele começa perguntando por longe: quem as pessoas dizem que eu sou? Jesus não queria saber o que o povo pensava dele, mas sim o que os discípulos pensavam, porém pedagogicamente começou com uma pergunta bem genérica. Eles responderam: uns dizem que é João Batista, outros que é Elias ou algum dos profetas que ressuscitou. Então, Jesus vai direto ao ponto: e vocês, o que dizem? Antes que alguém respondesse, Pedro saiu na frente: Tu és o Messias. Eu não gosto dessa tradução da CNBB, porque na tradução de São Jerônimo, o texto está coerente com o termo original do grego: tu és o Cristo, então acho que assim devia ser mantida essa tradução. Embora se trate de conceitos sinônimos, penso que é mais correto conservar o original, por uma questão de fidelidade ao texto, já que não dificulta a compreensão.


Ao ouvir a confissão de Pedro, diz o evangelista Marcos que “Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a respeito.” Em seguida, passou a dizer-lhes que “devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias.” Pedro, que era sempre muito falastrão, se meteu de novo na conversa, chamou Jesus um pouco ao lado e foi pedir-lhe para não falar essas coisas, porque nada disso iria lhe acontecer e só causava medo dos discípulos. Parece que Pedro tinha receio que as pessoas, ouvindo aquilo, começassem a se desiludir de segui-lo, porque muitos dos que o ouviam tinham a esperança de que Jesus fosse liderar uma rebelião contra os romanos, para expulsá-los do território da Judeia. Inclusive dentro do grupo dos apóstolos, a missão de Cristo não era bem entendida, aliás foi percebendo isso mesmo que Jesus começou esse diálogo incômodo e desgastante, mas necessário. Imaginemos que, para Jesus, era também muito constrangedor ficar falando nessas coisas, porque ele sabia da extensão dos acontecimentos, sabia das agruras pelas quais ia passar e a sua natureza humana entrava em conflito com a sua vontade divina, não devia ser nada confortável para Jesus ficar tocando nesse assunto tão delicado.


Daí porque ele não gostou nada quando Pedro foi insinuar que ele não devia falar aquilo. Ora, ele já falava com grande esforço e superando enormes dificuldades, e ainda tendo de escutar alguém tentando desvanecê-lo daquela ideia, aquilo passou dos limites. A reação de Jesus foi bastante ríspida, até mesmo com certa violência verbal: “ýpage opíso mou, satana”, diz o texto grego, que São Jerônimo traduziu por “vade retro me, satanas”. Essa expressão equivale a uma daquelas que nós dizemos quando estamos com raiva de alguém: vai pro raio que te parta... ou algo assemelhado. E Jesus ainda chamou Pedro de 'satanás', por isso convém explicar também isso. Essa palavra satanás, no nosso idioma, adquiriu o sentido de demônio, porém, o seu sentido original é bem mais brando. Na verdade, trata-se de uma palavra original do hebraico (satan), transliterada em grego, isto é, não é uma palavra da língua grega, e o seu significado próprio é adversário, inimigo, opositor. Então, é como se Jesus estivesse chamando Pedro de inimigo dele, porque estava dificultando o cumprimento da sua missão, não chamou de demônio. A irritação de Jesus também pode ser entendida se imaginarmos que ele sabia que um dos componentes do grupo estava ali com outros objetivos, então aquele puxão de orelhas que Pedro levou tinha também o objetivo de atingir, mesmo que indiretamente, Judas Iscariotes. Ademais disso, conforme já referi antes, essa atitude encolerizada de Jesus ressalta o seu lado humano, o lado emotivo, o sangue que esquenta diante de uma situação desagradável, enfim, a natureza humana de Jesus.


Podemos fazer aqui um link com a segunda leitura, do apóstolo Tiago (2, 14-18), onde ele fala que a fé autêntica não é válida sozinha, mas deve estar sempre acompanhada pelas obras: “a fé, se não se traduz em obras, por si só está morta.” Encontramos atitude similar nos ensinamentos e nos exemplos que Jesus deixou. Nas várias parábolas que utilizou, ele sempre ressaltou a importância da ação, como fato exterior que acompanha o ato interior do cumprimento dos mandamentos. É isso que confirma o apóstolo João na sua carta: Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu.” (1Jo 4, 20) Em relação aos sofrimentos associados à sua missão redentora, ele poderia muito bem ter operado um grande milagre, não se submeter a tantos padecimentos. Se observarmos bem, esse era o tema das “tentações” que Jesus sofreu quando se preparava para começar a sua vida de pregador e foi fazer um retiro no deserto. “Pra que isso?”, dizia-lhe o tentador? Por que não chamas teus anjos para te levarem nos braços... por que não ordenas a essas pedras que se transformem em pão para saciar a tua fome... por que... era o conflito interno que se passava na mente dele. Era muito mais simples e rápido obrar um milagre, como um passe de mágica, e tudo estaria resolvido. Mas assim ele não estaria sendo fiel ao mandato do Pai. Aquilo tudo era doloroso ao extremo, mas precisava ser enfrentado. Por isso, aquela insinuação de Pedro ecoou tão forte e perfurou tão fundo, como um grande espinho de mandacaru. “Sai pra lá”, foi mais uma tentação que ele precisou superar, para o correto exercício da sua messianidade.


Meus amigos, às vezes, precisamos dizer também “vade retro” para diversas pessoas e situações, a fim de nos mantermos fiéis à nossa missão Que o divino Mestre nos ilumine nas nossas tarefas de cada dia, para sabermos sempre discernir e seguir fielmente a missão que Deus nos deu.


Cordial abraço a todos.

Antonio Carlos

domingo, 8 de setembro de 2024

COMENTÁRIO LITÚRGICO - 23 DOMINGO COMUM - 08.09.2024

 

COMENTÁRIO LITÚRGICO – 23º DOMINGO COMUM – AOS DESANIMADOS – 08.09.2024


Caros Confrades,


Neste 23º domingo comum, a mensagem do profeta Isaías se dirige aos desanimados: criai ânimo, não tenhais medo. Esta exortação do Profeta aos judeus exilados, que aguardavam a sua libertação do cativeiro da Babilônia, bem se aplica aos nossos conturbados tempos. O panorama geopolítico, tanto no nível nacional quanto no internacional, causa-nos grande apreensão e medo. Quem será o portador da recompensa, que vem de Deus, prometida pelo Profeta? As ondas migratórias, na Europa e na América Latina, deixam-nos em dúvida quanto à eficiência dos modelos políticos e administrativos aplicados nos países subdesenvolvidos, desafiam a nossa crença na recuperação da humanidade. O período político eleitoral gera conturbação na mente dos cidadãos sem esperança e sem confiança nos candidatos que se apresentam. Nós nos encontramos hoje tao desanimados quanto os judeus na Babilônia.


O profeta Isaías, na primeira leitura (35, 4-7), procura animar os desiludidos judeus, vencidos pelo cansaço de um cativeiro que já demorava vários anos, e se entregavam às lamentações e aos impropérios contra Javeh, que os tinha abandonado: até quando teremos de suportar tal castigo? por onde anda o Messias prometido? E o Profeta os consolava: “Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para vos salvar”. De fato, pouco tempo depois, o messias político esperado para libertá-los chegou: foi o rei Ciro, da Pérsia, que derrotou o rei da Babilônia, Nabucodonosor, e devolveu a liberdade aos judeus, que assim puderam retornar à sua terra. E diz mais o profeta Isaías:“Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos …  brotarão águas no deserto e jorrarão torrentes no ermo.” Assim aconteceu, quando eles retornaram para a terra de Israel. Só que este messias-Ciro apenas de muito longe lembrava a figura do futuro Messias, que iria libertar não só o povo judeu, mas todo o gênero humano da escravidão do pecado e da morte. Por isso, naquela ocasião, dizia o Profeta: 'criai ânimo' porque logo logo virá a recompensa de Deus, que nos vem salvar. A Bíblia tem sempre um sentido histórico e outro transistórico, e assim, no primeiro momento, a profecia se referia ao messias-Ciro da Pérsia, mas no sentido do futuro, ao Messias-Cristo. Ciro não tinha o poder de devolver a visão aos cegos nem a deambulação aos coxos nem de soltar a língua dos mudos, mas o Profeta previu que isso aconteceria quando viesse o Messias verdadeiro. E sucedeu realmente como ele previra.


Na leitura do evangelho de Marcos (7, 31), temos a concretização da profecia de Isaías na ação histórica do verdadeiro Messias, através da narração do episódio da cura de uma pessoa surda e gaga. Ele colocou os dedos nos ouvidos moucos dele e com Sua saliva, molhou a língua trôpega do felizardo, e depois pronunciou a palavra forte “ephatá”, a qual o próprio evangelista explica que significa 'abre-te'. E logo aquele que era surdo e gago transformou-se num incontrolável falante-ouvinte. E quanto mais Cristo pedia para que ele se calasse, mais ele falava e proclamava as maravilhas realizadas nele. Esta palavra foi escrita por São Jerônimo, no texto latino, como 'ephphetha', enquanto no texto grego está escrito “effathá”, certamente por isso a tradução da CNBB utiliza o termo 'efatá' e eu estou usando com o símbolo antigo do F=PH, para distinguir com um sentido especial.


Meus amigos, este ephatá pode ser entendido de múltiplos modos. No sentido próprio utilizado por Jesus na ocasião do milagre, significou para o surdo-gago o abrir-se fisiológico dos seus ouvidos e da sua glote, para que ele pudesse articular sons e ouvi-los. Mas no sentido figurado, que se refere a nós, o ephatá se dirige à nossa mente, ao nosso coração, à nossa vontade, ao nosso intelecto. Cristo está nos dizendo 'abre-te' para que possamos compreender melhor a nossa missão e assim podermos melhor testemunhar a nossa fé. Esse seria o significado intelectual do ephatá. Saber interpretar com maior clareza a palavra de Cristo dentro dos desafios que a vida social nos coloca a cada dia, em meio a tantas e tão variadas dissensões, alternativas, exigências, falsas promessas e diversas quimeras que nos rodeiam. Abrir a nossa mente para compreendermos de que modo o nosso viver pode dar testemunho de que somos a Igreja de Cristo no meio do mundo, com a maior naturalidade e sem afetação. Nesse contexto, vale aqui uma referência ao grande problema mundial das migrações, causando pânico tanto na Europa quanto na América Latina. Pessoas que deixam tudo por motivos de guerra ou por motivos políticos e econômicos e partem em busca de novos horizontes. Uma parte deles tem sorte e consegue chegar ao seu destino; outros terminam suas vidas nessa rota de travessia, ao enfrentarem os mais variados desafios. O Papa Francisco, numa demonstração de profetismo contemporâneo e de inigualável solidariedade cristã, tem manifestado irrestrito apoio a todos esses irmãos andarilhos e tem incentivado as famílias e as autoridades para darem atenção aos que sofrem com esse infortúnio. No Brasil, especificamente, tem ocorrido a entrada de inúmeros cidadãos venezuelanos para o Amazonas, através da região norte, e de lá espalham-se por todo o Brasil, inclusive o Ceará. O ephatá do evangelho de Marcos vem nos alertar para, ao menos no plano espiritual, abrirmos o nosso entendimento e o nosso coração em prol desses irmãos desafortunados.


Um outro sentido que podemos descobrir no comando ephatá, associado ao anterior, é o volitivo, quando a mensagem cristã nos convida a ser solidários com os que nos estão mais próximos. E aqui eu trago à colação a segunda leitura, retirada da carta de São Tiago (2, 1), que vai direto ao assunto, sem rodeios, dando um exemplo que até parece estar se referindo aos dias de hoje: “ imaginai que na vossa reunião entra uma pessoa com anel de ouro no dedo e bem vestida, e também um pobre, com sua roupa surrada, e vós dedicais atenção ao que está bem vestido, dizendo-lhe: 'Vem sentar-te aqui, à vontade', enquanto dizeis ao pobre: 'Fica aí, de pé', ou então: 'Senta-te aqui no chão, aos meus pés'.” Mais direto, impossível. Quantas vezes, isso pode ter acontecido conosco, por não estarmos com a mente aberta para perceber além das aparências, além das etiquetas sociais. Um pobre que bate à nossa porta pedindo um pouco de alimento tem a mesma dignidade como pessoa do q ue um profissional liberal que nós recebemos na nossa casa de portas abertas. Não estou dizendo que se deva deixar entrar em sua casa qualquer pessoa desconhecida, pois a cautela também faz parte da vida do cristão. Refiro-me à atitude de falta de respeito humano com que, muitas vezes, vemos as pessoas mais humildes serem tratadas por outros e até por nós mesmos. Infelizmente, há cristãos que se orgulham de ser católicos de carteirinha (até mesmo sacerdotes) e tratam mal as pessoas de vestes maltrapilhas ou surradas, usando a expressão do apóstolo Tiago. Daí a exortação dele: “a fé que tendes em nosso Senhor Jesus Cristo glorificado não deve admitir acepção de pessoas”, isto é, não deve permitir que sejamos injustos com pessoas menos favorecidas, exatamente aquelas mais precisadas.


Num terceiro sentido, que eu chamaria de afetivo, o conceito de ephatá nos leva a refletir sobre a nossa abertura interior para compreender a nossa missão, o que Deus quer de nós. Estar aberto à graça divina é condição indispensável para que esta graça de Deus opere através de nós. Deus não nos obriga, não nos impõe, não vem a nós em qualquer condição, mas apenas quando encontra a porta da nossa alma aberta para recebê-lo. Os teólogos, desde S. Tomás de Aquino, sempre foram acordes em reconhecer que Deus dá a sua graça a todas as pessoas, no entanto, para que esta graça seja eficaz, é necessário que estejamos abertos, disponíveis, atentos, desejosos de recebê-la. Deus nos dá a graça da salvação, porém, sem a nossa colaboração, sem a nossa disponibilidade, sem que façamos a nossa parte, esta graça não operará seus efeitos em nós. Estar aberto à graça divina é condição indispensável para que ela penetre em nós e nos faça verdadeiros filhos d'Ele.


Hoje, dia 8 de setembro, celebra-se também a Natividade de Nossa Senhora, que não se comemora por ser domingo. Esse título de Maria está associado ao de Nossa Senhora do Brasil, festividade comemorada no Seminário Seráfico, onde ela é padroeira. Era também a data onomástica do nosso querido confrade Mariano (meus filhos, meus filhos). Que ele descanse em paz e que a Nossa Mãe do Brasil fortaleça na fé todos os que por lá passaram e nos ajude a manter sempre a nossa mente e o nosso espírito disponíveis à graça divina, assim como Ela fez e que tornou possível a nossa redenção.


Cordial abraço a todos.

Antonio Carlos