sábado, 13 de setembro de 2025

COMENTARIO LITÚRGICO - 24 DOMINGO COMUM - FESTA DA SANTA CRUZ - 14.09.2025

 

COMENTÁRIO LITÚRGICO – 24º DOMINGO COMUM – A SANTA CRUZ – 14.09.2025


Caros Confrades,


Na liturgia deste domingo, 24º do tempo comum, as celebrações estão voltadas para a glorificação da cruz de Cristo. Fazendo o contraponto com a liturgia da sexta feira santa, na qual se celebra a morte de Cristo na cruz, portanto, os atos litúrgicos estão voltados para a paixão do Senhor. A diferença está em que, na sexta feira santa, o tom da festa é um silêncio circunspecto, apresentando a cruz como instrumento de suplício, enquanto nesse dia 14 de setembro, muda o tom da festa, exalta-se a cruz numa visão de alegria, porque foi através dela que veio para nós a salvação. É uma celebração litúrgica que remonta ao século IV e também é comemorada na mesma data pelas igrejas orientais com ritual solene, tendo precedência sobre a liturgia dominical.


Fora do contexto dos ritos graves que circundam o tríduo pascal, a festa da Exaltação da Santa Cruz foi instituída no ano 335, quando o imperador Constantino mandou erguer uma basílica sobre o monte Gólgota, no mesmo lugar onde Jesus fora crucificado, tendo sido colocada nesse templo a “vera cruz”, ou seja, aquela cruz em que Jesus foi crucificado. Já haviam se passado mais de 300 anos da morte de Cristo, quando os cristãos conseguiram encontrar a “vera cruz”, realizando escavações nos arredores de Jerusalém. Os trabalhos de busca levaram a diversas cruzes, porque era muito comum a utilização desse instrumento de morte na época da dominação romana. De acordo com a tradição, a “vera cruz” foi reconhecida por uma “metodologia” bastante intuitiva: com as várias cruzes enfileiradas uma ao lado da outra, teria sido colocado um cadáver de um homem sobre cada uma delas e, quando isso foi feito na verdadeira cruz, o homem milagrosamente reviveu. Muito provavelmente, essa história faz parte daquele “folclore” que vai sendo transmitido de geração em geração, a ponto de não se saber mais de onde se originou. Mas, por qualquer que tenha sido o método, os fiéis da época, liderados pelo imperador romano Constantino e pela mãe deste, Santa Helena, iniciaram a tradição de adorar essa cruz, que continua sendo reconhecida como a verdadeira. E mesmo que não seja, a sua antiguidade e a glorificação que vem recebendo ao longo de tantos séculos faz dela um verdadeiro ícone da fé cristã.


As leituras litúrgicas desta data fazem uma alusão à imagem da cruz associada à restauração da vida. Na primeira leitura, do livro dos Números (21, 4-9), relata-se o episódio da serpente de bronze amarrada a uma estaca, por ordem de Javeh. O título deste livro em hebraico diz-se Bamidbar, que significa literalmente 'No deserto'. Na tradução para a língua grega, o título do livro foi modificado para Arithmoi (aritmética, números, contagem), porque no seu texto constam dois recenseamentos do povo, feitos durante a sua trajetória pelo deserto. Neste livro, encontram-se também muitos preceitos práticos, que constituem uma espécie de tratado legislativo do povo hebreu. E é também neste livro, no cap. 6, 24, que consta aquela bênção que São Francisco costumava usar para abençoar seus frades: O Senhor te abençoe e te guarde, mostre para ti o Seu rosto e tenha piedade de ti... Pois bem. Na leitura da liturgia de hoje, relata-se o episódio em que os hebreus maldiziam Moisés por tê-los tirado do Egito e tê-los levado por uma trajetória sem fim pelo deserto, com toda a sorte de privações. E amaldiçoavam também a Javeh, que mandou serpentes venenosas para castigarem o povo maledicente. O povo se arrependeu e pediu a Moisés que intercedesse por eles. Então, Javeh ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze e a pendurasse numa vara comprida. Aquele que fosse mordido por uma serpente e olhasse para aquela feita de bronze, ficaria curado. Então, a figura da serpente de bronze suspensa significou para os hebreus um instrumento de salvação. Muito tempo depois, Jesus irá retomar esse episódio para comparar com a sua própria paixão.


Na segunda leitura, da carta aos Filipenses (2, 6-11), Paulo relembra àqueles cristãos que Cristo deixou de lado sua condição divina e assumindo plenamente a sua humanidade, humilhou-se ao máximo, sendo morto numa cruz, que era naquela época um suplício aplicado apenas aos escravos e aos mais terríveis delinquentes. Daí Paulo dizer que Cristo esvaziou-se a si mesmo, isto é, escondeu sua divindade por trás da sua humanidade e, mais ainda, escondeu essa humanidade por trás da condição humana mais vil, permitindo-se um tipo de morte infame e humilhante. Mas Ele fez isso justamente para que o Pai o exaltasse, porque foi para isso que ele assumiu a condição humana. Por isso, o Pai O colocou acima de tudo e Lhe deu um nome que está acima de todo nome. E com isso, Cristo transformou aquele instrumento de suplício num recipiente de gozo, transformou aquele aparelho de sofrimento num capitel de regozijo, aquele aparato de humilhação num trono de exaltação. Depois disso, todo joelho que há no céu, na terra e embaixo da terra se dobrará em sua homenagem. Foi certamente esse hino de exaltação da cruz, composto por Paulo na carta aos Filipenses, que motivou a festa litúrgica desta data.


Na leitura do evangelho de João (3, 13-17), Jesus recorda a figura da serpente erguida na haste por Moisés no deserto para comparar isso a Ele próprio, no contexto de sua conversa com Nicodemos. Apenas o evangelista João narra esse episódio. Nicodemos era um mestre da lei, portanto, um fariseu especialista nas escrituras, que acreditava em Jesus, porém não podia declarar isso publicamente, por receio de represália dos demais, por isso, foi ter com Jesus à noite, às escondidas, e confessou a ele a sua fé. Nicodemos ficou embaraçado quando Jesus disse que somente quem renascesse poderia ver o reino de Deus. Renascer? Mas eu já sou um adulto, como pode ser isso? Nicodemos pensou logo no nascimento biológico, porém Jesus falava do renascimento em espírito. Por isso, Jesus fez até uma ironia com ele: “tu és mestre da lei e não sabes disso?” Sim, ele não sabia mesmo. Então, Jesus usou como exemplo uma figura conhecida por Nicodemos: a serpente de Moisés. Lembra de quando Moisés suspendeu uma serpente no deserto, para que todos os que a mirassem fossem salvos? Pois assim acontecerá com o Filho do Homem. Convém que seja suspenso também, de modo que quem olhar para ele e nele crer tenha a vida para sempre. A figura da serpente erguida por Moisés fora um símbolo que preconizava a elevação de Jesus na cruz com o mesmo objetivo: trazer a salvação aos que olharem para Ele com fé.


Meus amigos, vejamos aqui uma situação de aparente contradição. Javeh havia proibido os hebreus de fazerem ídolos ou imagens d'Ele próprio, pois Ele devia ser adorado em espírito e em verdade. No entanto, neste caso relatado em Bamidbar, o mesmo Javeh mandou que Moisés fizesse um “ídolo” de bronze em forma de serpente. Não que Javeh se comparasse à figura de uma serpente, mas de todo modo, a mesma serpente que gerava a morte também passou a gerar a vida. Somente Javeh é o senhor da vida, então aquela figura idolatrizada da serpente funcionava como uma mediação entre a morte e a vida, para os que n'Ele acreditassem. Vemos com isso que Javeh não era totalmente contrário à feitura de imagens, Ele não queria ser retratado nelas. E o fato de Jesus, muito tempo depois, ter retomado a figura da serpente de bronze como portadora da vida para comparar a Si próprio, elevado numa haste de madeira, avaliza a ideia de que a confecção de imagens não é proibida, de forma absoluta, por Deus, mas as imagens devem ser símbolos e sinais daquelas verdades que elas representam. Javeh não mandou que ninguém adorasse a serpente, mas apenas que olhasse para ela com o coração contrito. Essa é a mesma atitude que o cristão deve ter diante das imagens sagradas, não se detendo nas figuras em si, mas servindo-se delas para melhor vislumbrar os sinais que elas representam.


É curioso observar que muitas pessoas invocam textos bíblicos para afirmarem que Deus não gosta das imagens e as proibiu. Esquecem de invocar também a imagem da serpente como mediadora da salvação. É o caso de dizermos o mesmo que Jesus disse a Nicodemos: tu és um mestre da lei e ignoras isso? Ou seja, buscas na escritura apenas aquelas passagens que favorecem a justificativa do teu ponto de vista? Ficas preso às palavras e expressões da lei e não consegues descobrir nelas o sentido mais profundo da sua mensagem? É por isso que toda interpretação fundamentalista da escritura deve ser evitada. É por isso que já afirmei, nesses escritos, por diversas vezes: não basta ler a Bíblia, é necessário estudar a Bíblia, aprofundar o seu conteúdo, compreendê-la no seu contexto histórico e cultural, para que possamos tentar descobrir a sua mensagem verdadeira.


A festa da Santa Cruz é sequenciada pela festa de Nossa Senhora das Dores, nesta segunda feira, dia 15 de setembro. Ao falar na cruz e morte de Cristo, não podemos esquecer que o sofrimento de Maria está também associado à cruz e é um fator de extraordinária importância no contexto dos eventos da história da salvação. Mãe das Dores, rogai por nós.


Cordial abraço a todos.

Antonio Carlos

sábado, 6 de setembro de 2025

COMENTÁRIO LITÚRGICO - 23º DOMINGO COMUM - 07.09.2025

 

COMENTÁRIO LITÚRGICO – 23º DOMINGO COMUM – O DESAPEGO – 07.09.2025


Caros Confrades,


Neste 23º domingo comum, a leitura do evangelho proclama a necessidade do desapego dos bens materiais, ou seja, ser pobre em espírito, esta que deve ser a atitude padrão de quem quer ser discípulo de Jesus. Desapegar não significa renunciar ou desprezar os bens materiais, mas colocá-los no segundo plano, deixando em primeiro plano os bens espirituais. No caso, o desapego não abrange apenas os bens de consumo e os objetos de valor, mas tudo aquilo que, de alguma maneira, impede ou dificulta a nossa vida cristã, inclusive as relações familiares. Este tema está presente também nas outras leituras: do livro da Sabedoria e da carta de Paulo a Filêmon.


Na primeira leitura, retirada do livro da Sabedoria (9, 13-18), o autor destaca uma doutrina que muito se assemelha com a teoria do filósofo grego Platão, quando ele contrapõe o mundo da matéria e o mundo das ideias. No versículo 15 do cap 9, lemos: “porque o corpo corruptível torna pesada a alma e, tenda de argila, oprime a mente que pensa.” A imagem do corpo como “tenda de argila que oprime a alma” faz eco com a narração da criação do homem, de acordo com o Gênesis, quando Deus fez o homem do limo da terra. O peso da matéria corporal impede a alma de alcançar os desígnios profundos de Deus. É o que diz no vers. 16: “Mal podemos conhecer o que há na terra, e com muito custo compreendemos o que está ao alcance de nossas mãos; quem, portanto, investigará o que há nos céus?” É curioso como essa doutrina filosófica, conhecida como dualismo, era comum entre os povos daquela época. O dualismo teve uma importância muito grande nos inícios do cristianismo, sendo defendida por vários teólogos cristãos, estudiosos de Platão. Santo Agostinho foi o principal deles e, anteriormente, ele tinha simpatia até pela doutrina da reencarnação, também ensinada por Platão, vindo depois a abandoná-la, pois observou que era incompatível com o cristianismo. Grande parte da catequese católica tradicional foi elaborada com base nessa doutrina, que ainda está presente também no catecismo oficial atual. Contudo, na época contemporânea, com a influência da filosofia fenomenológica, tanto a teoria de Platão quanto a de Aristóteles ficaram superadas com o conceito da subjetividade intencional, que procura unir corpo e espírito como uma realidade integrada, de modo que não se cogita mais em separação entre corpo e espírito. A doutrina filosófica contemporânea compreende o homem como um ser integrado de corpo e espírito, de tal maneira que este deve ser entendido como um corpo espiritualizado ou um espírito corporificado, não fazendo sentido referir-se a um sem incluir também o outro, assim como também não faz sentido falar-se em “separação” entre corpo e espírito, como se fossem duas realidades opostas e incompatíveis. A ressurreição de Cristo e também a assunção de Maria são fatos que demonstram, a título de antecipação, o que ocorrerá com todos os crentes, por ocasião de sua passagem para o plano da eternidade. Não é o espírito que “se salva”, mas a salvação abrande o ser humano inteiro, incluindo corpo e alma. Não o corpo-matéria, mas o corpo glorioso e desmaterializado, tal como sugere a estampa da efígie de Cristo no Santo Sudário.


Na segunda leitura, da carta de Paulo a Filêmon (9-17), o Apóstolo destaca a doutrina da reconciliação como uma atitude decorrente do desapego cristão. Nesta carta, encontramos três personagens em situações bastante diferentes: o apóstolo Paulo levando adiante a sua pregação do evangelho, o amigo dele Filêmon, um cristão rico que morava na cidade de Colosso e tinha uma igreja funcionando na sua própria casa, e o (ex) escravo Onésimo, que é o portador da carta. Paulo deixa entender, nas entrelinhas, que Onésimo tinha sido escravo de Filêmon e estava como fugitivo em Roma, onde o encontrou. Com muita discrição, Paulo não entra em detalhes sobre o provável motivo da fuga, no entanto, apenas a fuga por si mesma já era uma afronta ao patrão. O fato transparecido nas entrelinhas da carta é que Paulo encontrou Onésimo em Roma na prisão, onde ambos estavam enclausurados, e este aceitou o batismo, após a catequese de Paulo. Vindo a saber do vínculo anterior de Onésimo com Filêmon, de quem Paulo era amigo, este fez questão que Onésimo fosse reconciliar-se com seu antigo senhor, não para que ele retornasse à condição de escravo, mas dando seu aval ao amigo Filêmon da conversão de Onésimo e da sua nova condição de irmão na fé, a fim de que o ex-patrão o recebesse na sua casa como se fosse o próprio Paulo, reforçando desse modo aquela comunidade eclesial que Paulo bem conhecia. Ao pedir a Filêmon que aceitasse Onésimo como se fosse ele próprio (Paulo), estava solicitando a ele uma dupla atitude: primeiro, que perdoasse a má conduta do seu ex-escravo e, mais do que isso, que o aceitasse como irmão na fé, recomendado pelo Apóstolo para trabalhar com ele na comunidade. O texto da carta demonstra o cuidado de Paulo na redação, para que Filêmon entendesse bem o seu pedido e demonstra mais a grande confiança que Paulo depositava nele, porque era um pedido muito delicado. Vejamos o que Paulo diz no vers. 14: “eu não quis fazer nada sem o teu parecer, para que a tua bondade não seja forçada, mas espontânea. ” E mais adiante, no vers. 17: “se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o como se fosse a mim mesmo. ” A carta desenvolve a teologia do perdão e da reconciliação que cada um de nós deve ter para com o irmão que peca, assim como Deus tem para conosco, quando pecamos. Não ficou registrada a atitude do destinatário, mas por certo, Filêmon concordou com Paulo e recebeu Onésimo, conforme a recomendação dele.


A leitura do evangelho (Lc 14, 25-33), como antecipado, enfoca a atitude de desapego que deve ter o cristão em relação às coisas materiais. Na tradução latina desse texto, a exigência de Cristo é bem mais forte do que na tradução oficial. Diz assim: “si quis venit ad me et non odit patrem suum et matrem et uxorem...”, ou seja, se alguém vem a mim e não odeia seu pai, mãe, esposa... a tradução de São Jerônimo é literal do verbo grego “miseô”, que significa odiar, detestar. Porém, o sentido original desta palavra no hebraico (sanê) tem relação com “sentir ciúme”, “não dar a preferência”, ou falando numa expressão positiva, de “amar mais”, ou seja, sentir ciúme se alguém amar mais seu pai, sua mãe, sua esposa … do que a Mim... Daí porque a tradução da CNBB para a frase citada é “se alguém vem a mim, mas não se desapega do seu pai, sua mãe, sua esposa...” Neste caso, a tradução oficial está bem mais conforme o texto hebraico do que com a tradução latina. E é este o sentido mais autêntico da exigência que Jesus faz aos seus seguidores, ou seja, ele não quer dizer que o cristão deve literalmente “odiar” o pai, a mãe, a esposa, os irmãos, os filhos, mas sim que não deve dedicar maior amor aos familiares do que ao próprio Jesus. Não quer dizer que devemos rejeitar, detestar os familiares, mas sim que o amor que dedicamos a estes deve ser fruto do amor primordial a Cristo, amar os familiares no amor de Cristo, com o amor de Cristo. E, em último caso, se as relações familiares ou as relações de amizade forem motivo de afastar o cristão do seu verdadeiro ideal, então o fiel deve fazer a sua escolha radical pela adesão ao ensinamento de Cristo. Esta é a grande dificuldade de se ler a Bíblia nas traduções, sem ter conhecimento do significado dos termos na língua original, ou seja, pode conduzir a conclusões bem divergentes daquele que é o melhor significado da mensagem. Este é o grande problema que ocorre quando o fiel apenas “lê” a Bíblia. Ler não é bastante, é necessário “estudar” a Bíblia, a fim de obter da leitura o melhor aprendizado. Desse modo, num entendimento mais humanizado, a interpretação dessa exigência de Cristo se desloca mais para o sentido espiritual do desapego interior, na linha de pensamento da pobreza em espírito.


Os outros dois exemplos citados pelo evangelista vão também nessa mesma linha de raciocínio. Sobre o homem que queria construir a torre, mas não tinha economias suficientes para levar adiante a pretensão, Cristo quer dizer que devemos nos desapegar também de projetos mirabolantes, que estão mais a serviço da nossa vaidade do que da nossa fé. Qual o objetivo de alguém construir uma torre? Devia ser para tornar-se famoso, para ser visto e conhecido pelas outras pessoas. Mas, até que ponto isso irá contribuir para o bem do próximo, para o serviço da comunidade? Então, os nossos projetos devem estar coerentes com as exigências da nossa fé, não com a nossa vaidade pessoal. Sobre o outro exemplo do rei que vai guerrear com o rival, qual seria o seu objetivo, senão enaltecer o seu egoísmo e o seu orgulho, pensando na vitória sobre o outro? Ora, reconhecer a superioridade do outro é também uma atitude de desapego, de renúncia da própria vaidade. Embora a narrativa sugira que o rei evitou o confronto com receio de ser derrotado, visto que o rival tinha um exército mais numeroso, devemos nos lembrar que Cristo fazia essas preleções para pessoas do povo e usava exemplos simples de casos mais compreensíveis, porém depois ele explicava o verdadeiro significado para os discípulos.


O sentido cristão do desapego, portanto, não é simplesmente largar tudo e ir morar debaixo da ponte. Desapegar-se significa ser pobre em espírito, porque há pessoas extremamente pobres de bens materiais, mas que demonstram espírito rico e de exagerada avareza, invejando o que os outros possuem.


Cordial abraço a todos.

Antonio Carlos